Hoje a Mangueira se consagrou campeã do Grupo Especial das
Escolas de Samba do mais famoso desfile de carnaval do mundo e há algumas
particularidades interessantes:
Ano passado a Mangueira, abaixo de chuva, alcançou um
modesto 10º lugar na classificação geral das escolas, nem perto de participar
do desfile das campeãs.
Este ano o orçamento foi baixo e pensem: com a inflação do
jeito que está, dispor do mesmo valor em dinheiro para realização do desfile já
significaria muito menos poder de compra, mas a Verde e Rosa contou com menos
40% que no carnaval passado! Realmente uma queda vertiginosa, é como se o
orçamento da Mangueira resolvesse fazer um salto das Cataratas do Iguaçu e mergulhar
fundo. O que se podia esperar?
Que Darwin estava certo: sobrevive não o mais forte, mas
quem melhor se adapta.
A Mangueira economizou muito dinheiro dispensando penas e
plumas, confeccionando penas falsas em tecido, utilizando técnicas de
silkscreen, aquela que sempre aparecia nos folhetos do Instituto Universal
Brasileiro, lembram? Com isso a escola economizou muito dinheiro e foi
ecologicamente correta. Um carro forrado de bambus, ou em fronteiriço taquara,
seria caro e pesado. Tudo resolvido com uma arte feita em canos de PVC.
Isso tudo me deu uma vontade de cortar o orçamento da União
em 40% e aplaudir as adaptações de um governo inovador, criativo e
ecologicamente correto.
Mas por enquanto, só posso aplaudir a comunidade
mangueirense que através da boa vontade, da paixão pelo trabalho e pelo
excelente uso dos recursos disponíveis foram merecidamente reconhecidos como campeões.
Me despeço com um samba da Mangueira de 2003, interpretado
pelo Jamelão:
Quem plantar a paz, vai colher amor..
Um grito forte, de liberdade na Estação Primeira ecoou...
Abraço libertário e ecologicamente correto,
Fernanda
Nossa, muito interessante! É realmente merecedora!!!!
ResponderExcluirGracias pelo incentivo de sempre, Pri! Beijos!
Excluir