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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Lições da Estação Primeira

Hoje a Mangueira se consagrou campeã do Grupo Especial das Escolas de Samba do mais famoso desfile de carnaval do mundo e há algumas particularidades interessantes:
Ano passado a Mangueira, abaixo de chuva, alcançou um modesto 10º lugar na classificação geral das escolas, nem perto de participar do desfile das campeãs.
Este ano o orçamento foi baixo e pensem: com a inflação do jeito que está, dispor do mesmo valor em dinheiro para realização do desfile já significaria muito menos poder de compra, mas a Verde e Rosa contou com menos 40% que no carnaval passado! Realmente uma queda vertiginosa, é como se o orçamento da Mangueira resolvesse fazer um salto das Cataratas do Iguaçu e mergulhar fundo. O que se podia esperar?
Que Darwin estava certo: sobrevive não o mais forte, mas quem melhor se adapta.


A Mangueira economizou muito dinheiro dispensando penas e plumas, confeccionando penas falsas em tecido, utilizando técnicas de silkscreen, aquela que sempre aparecia nos folhetos do Instituto Universal Brasileiro, lembram? Com isso a escola economizou muito dinheiro e foi ecologicamente correta. Um carro forrado de bambus, ou em fronteiriço taquara, seria caro e pesado. Tudo resolvido com uma arte feita em canos de PVC.
Isso tudo me deu uma vontade de cortar o orçamento da União em 40% e aplaudir as adaptações de um governo inovador, criativo e ecologicamente correto.

Mas por enquanto, só posso aplaudir a comunidade mangueirense que através da boa vontade, da paixão pelo trabalho e pelo excelente uso dos recursos disponíveis foram merecidamente reconhecidos como campeões.

Me despeço com um samba da Mangueira de 2003, interpretado pelo Jamelão:
Quem plantar a paz, vai colher amor..
Um grito forte, de liberdade na Estação Primeira ecoou...
Abraço libertário e ecologicamente correto,
Fernanda

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