Conhecendo para combater: pedofilia

A pedofilia inicialmente é um transtorno psicológico, uma desordem mental que um adulto tem ou desenvolve. Trata-se de um transtorno de preferência sexual, uma doença que se converte em crime quando é praticada. Pedófilos portanto são pessoas adultas que têm preferência sexual por crianças, independente do sexo.

O mais difícil é que este tipo de crime é praticado em geral dentro de casa, por pessoas que a criança confia, seja um amigo da família, ou mesmo um parente próximo. É importante salientar que um menor de idade, um adolescente, pode ser considerado pedófilo, se apresentarem preferência sexual por crianças, ao menos cinco anos mais jovens que ele. Por isso é importante estar atento a qualquer mudança no comportamento de uma criança, as vezes mais do que "uma fase", uma determinada mudança no comportamento pode indicar que essa criança está sofrendo abuso.

O caso que se tornou notório em fevereiro, da suposta rede de pedofilia, na Fronteira da Paz e dos Free Shops não foi o primeiro a acontecer por aqui. Existem alguns tão tenebrosos e pesados que não me atrevo a escrever sobre eles, mas vou relembrar vocês, caros leitores, de uma situação que ganhou projeção: "Pastor engravida menina porque foi 'promessa de Deus’". 

Há alguns anos Laércio Eugênio, na época com 53 anos, pastor da Assembleia de Deus, confessou que havia engravidado uma menina de 14 anos, mas afirmava categoricamente que não se tratava de crime, mas de uma "promessa de Deus". A menina, filha de um caminhoneiro e de uma empregada doméstica, ambos muito religiosos, trabalhava limpando a residência do pastor, desde os sete anos. Laércio, mesmo sendo casado não deixou de trocar mais de 300 cartas de amor com a menina, nas quais ele convenceu a guria de que ela havia sido escolhida por Deus para ter um filho com ele, o pastor. Na época a menina declarou ao jornal Zero Hora: que, de início, tinha o pastor com um pai. “Mas quando ele começou a falar que Deus tinha me escolhido para ser a mãe do filho dele, eu comecei a acreditar e a gostar dele. Agora já não sei explicar o que sinto por ele.”

Neste caso os pais só perceberam mais de um ano após o início do abuso físico, já com a menina grávida. Estar atento ao que acontece com seu filho, sobrinho, ou até mesmo aluno, é importante para evitar casos assim. Atualmente as redes sociais representam um grande risco aos usuários extremamente jovens. É preciso manter uma relação muito clara com os pequenos internautas, estabelecer por exemplo que utilize as redes sociais apenas com um adulto por perto, controlar a publicação de fotos e não permitir que a rede de amigos tenha estranhos inseridos.

 Já que por mais que haja avanço na legislação, esse tipo de crime parece ainda não condenar de maneira adequada muitos dos que o cometem, não podemos esperar que haja uma diminuição desse tipo de atitude, o que devemos fazer é evitar ao máximo que existam oportunidades para maltratar as crianças.

Que aconteceu mesmo com a rede de pedófilos descoberta em fevereiro??
Vou continuar questionando!!

Abraços inconformados,
Fernanda