Muitas
gerações de mulheres foram moldadas por estórias parecidas: uma bela e bondosa
princesa que sofre, sofre, mas suporta tudo com esperança, porque num dia
especialmente iluminado virá um príncipe gentil, protetor e poderoso tirá-la do
sofrimento e leva-la para vida perfeita que ela fez por merecer.
E
talvez por isso muitas mulheres aceitassem serem boas demais, enquanto sofriam
demais, chamando “Príncipe”, o cara que na verdade se chamava “Canalha”.
Demorou muito até as mulheres descobrirem que não precisavam de alguém para
salva-las, que elas poderiam abandonar o sofrimento por seus próprios meios.
Mas
atenção: o fato de que eu não precise de alguém pra me salvar, não quer dizer
que eu tenha que lutar sozinha, muito menos que eu não queira que algo muito
bom melhore substancialmente minha vida. Só que hoje, há uma nova mitologia que
pode ser ainda mais perigosa que a anterior.
Livros
como “Coisas que toda mulher inteligente deve saber” e “Comer, Rezar, Amar”,
forjam o novo modelo de homem e mulher que habita o imaginário feminino. Sempre
fugi de coisas pretensamente “para mulheres”, mas com tempo de sobra e disposta
a encarar um novo prisma, me aventurei nestes novos contos...
Coisas
que toda mulher inteligente deve saber, traz histórias que todas nós já ouvimos
ou vivenciamos, parece com aquelas luvas “mágicas” que se ajustam ao tamanho de
qualquer mão. Já Comer, Rezar, Amar, mostra o que acontece depois do: “e foram
felizes para sempre”, nesta versão, solidão é o que predomina.
Ambos
têm em comum a vilania masculina! Comportamentos padrões que revelam de quem se
deve fugir, qual a melhor forma de fugir
e o desastre que acontece com quem teima em ficar! Que sacanagem vitimar as
mulheres e condenar os homens!
Em
“Coisas que toda mulher inteligente deveria saber”, o homem ideal é um cara
família, feinho, normalzinho, monótono, comedido, totalmente confiável, sem
vícios, sem manias irritantes, que pague as contas e tenha uma paciência apenas
menor do que o seu amor nem um pouco apaixonado.
Já em Comer, Rezar, Amar, se admite um homem charmoso
e um pouco interessante...
Sou
uma mulher completa, nunca procurei “minha metade”. E acho que todas nós temos
o direito de sermos inteiras e de encontrar alguém que some! Eu sei o que e
quem eu quero, e nenhum livro pode saber mais de mim que eu mesma.
Então a grande lição é: descubra-se!
Acredito
que o homem ideal é aquele te
valoriza, te respeita, não força a barra e cumpre os acordos de vocês, que devem
ser feitos de acordo com a
necessidade dos dois e não do que um autor espirituoso diz.
O relacionamento
ideal é o que te faz sentir amada, linda, única, a melhor entre todas –
ainda que incomparável!
A história
ideal tem o sabor do seu prato favorito e a trilha sonora composta pelas
músicas que você adora!
Ser feliz: faça você mesma!!
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