A Garota no Trem: minha avaliação sem spoiler

Três mulheres loucas, três homens sedutores, muita enrolação: é isso que você vai encontrar no best seller A Garota no Trem. O livro foi febre em Punta del Este no verão 2016, claro, uma tendência importada de Ibiza, como todas as modas de Punta, que este ano incluíam as roupas em cores neon..

Em geral fujo dos modismos, desconfio do que "todo mundo" gosta. Levei anos até assistir Titanic e.. achei uma chatice!

Portanto só agora que estou em um relacionamento sério com o edredom e sedenta por novas histórias pensei: por que não ler essas 268 páginas?

O livro se arrasta, se enrola, não conclui histórias, pontas soltas.. mas te prende porque sempre carrega uma promessa de que vai melhorar, algo extraordinário está para acontecer, quando voltar para essa personagem vai ser tão emocionante... e não é.

A história é narrada pelas três principais personagens femininas, que poderiam fazer parte de grupos de "mulheres que amam demais" e endeusam demais os homens, já que todas exageram em projeções sobre os bonitões da história, que também são três.

A ideia é boa e o filme parece que será mais dinâmico que o livro e vai ignorar várias das principais características físicas dos personagens, especialmente da garota do trem...

Quem gostou de "O Vencedor está só" do Paulo Coelho, vai gostar. Sherlockianos vão perceber nos primeiros relatos quem é quem e vão torcer para estar errados e se surpreenderem no final, mas é o óbvio mesmo.

A garota no trem ora preconiza a importância e o valor da solidariedade e apoio entre mulheres, ora culpa as mulheres por tudo, talvez essa dualidade seja a intenção da autora Paula Hawkins.

Se você deve ler ou não? Bem, acho que você deve fazer o que quiser, até usar roupas cor neon... não me arrependo de ter lido... ler é sempre bom. Capaz que a questão fosse ter muita expectativa devido aos comentários elogiosos... agora que você leu esse post você vai esperar bem menos e talvez até pense quando terminar de acompanhar Rachel, Anna e Megan: mas que gestora tão crítica!

Abraços virginianos,
Fernanda