Tem sido constante na mídia a propagação que se ocupar em ser magro é futilidade, que ser gordo é ótimo, que todos podem comprar todos os fast foods sem culpa, mostrando a "feiúra" das modelos anoréxicas. Isso revela uma nefasta estratégia de vendas, o lado obscuro do marketing: que mostra que um mundo mais gordo, é um mundo mais feliz, que as calorias são a principal fonte de felicidade e diversão, seja com um Mc lanche ou uma Coca-Cola. Se observarmos fotos do começo do século 20, verificaremos que as pessoas tinham corpos ótimos, eram todas magras e não existia centros de musculação ou whey protein. Os diferenciais: a alimentação mais natural, sem agrotóxicos, pesticidas, corantes, conservantes, aromatizantes, e as atividades físicas constantes devido a falta de tecnologia, sim, tudo era manual, braçal: fazer um bolo, lavar roupa, até ter água em casa dependia muitas vezes de tirá-la de poços, nada dessa moleza de abrir a torneira e pronto.
Para mostrar que ser magro está além de questões estritamentente estéticas e não é uma ditadura da moda, mas uma questão de bem-estar, o Prismas traz uma série especial de reportagens: 3 casos de sucesso, para você se inspirar, pensar, refletir, debater algo tão importante como a saúde e que tantas vezes é banalizada num jogo distorcido de estética.
Letícia Ortiz: "meu equilíbrio mental manteve minha dieta".
Letícia não era uma criança obesa, mas era a mais "cheinha" da família, o que lhe rendia apelidos, tais como Maria Bolacha. Em sua adolescência, com os primeiros romances, surgiu a vontade de cuidar de si e Letícia, aos 15 anos emagreceu, mas só aos 17 anos teve interesse em entrar para uma academia. Treinou pesado e ficou fortona, mas após um ano foi obrigada a interromper o treinamento por machucar o joelho devido a amlhar de forma incorreta, "só queria
peso e mais peso sem pensar em qualidade", afirma Letícia.
Com a descontinuidade da atividade física o resultado só podia ser um: aumento de peso. Este foi vencido com a ajuda de um personal trainner de 4 patas: Letícia levou seu melhor amigo ao veterinário que foi enfático: o cão etava gordo demais e teria problemas de saúde se não perdesse peso. Pelo bem do animal, Letícia passou por novo processo de perda de peso, desta vez, por causa das caminhadas constantes e enérgicas com seu cachorro.
Mas para chegarmos ao desfecho feliz da história, ainda temos que acompanhar nossa protagonista em mais uma fase difícil. Letícia confundia tudo com fome, sobretudo ansiedade e descarregava, ou pelo menos buscava descarregar, as pressões cotidianas do trabalho e dos estudos comendo. Letícia relata: "Aí foi
quando eu mais engordei. Eu perdi a noção. Fui ao médico e meu colesterol
estava altíssimo. E meu sonho é ser delegada. Eu parei e pensei: o que
adianta passar na prova teórica e chegar no teste físico e reprovar? Então comecei
a investir em qualidade de vida. Sem neurose. Mudei minha alimentação só. Mas
nunca passei vontade. Eu acho que o segredo foi esse. Eu só emagreci
definitivamente quando parei de pensar na estética e comecei a prezar por saúde
apenas. Perdi 10kg em 3 meses".
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Letícia: linda sempre! Agora mais magra, saudável e feliz! |
Letícia comenta o resultado perceptível em suas fotos: "Hoje esta
super fácil de manter. Parece que meu corpo acostumou com o novo estilo de
vida. Se eu como muito ou como besteira dois dias seguidos fico ruim do
estômago. Como se não aceitasse mais toda comilança. Eu digo que
meu equilíbrio mental manteve minha dieta."
Nossa protagonista relata dificuldades em emagrecer, como diria Sartre, "o inferno são os outros" e esta máxima se aplica a fase difícil que ela viveu logo após emagrecer, porque muitas pessoas pensavam que a perda de peso era sinönimo de doença: "Pessoas
próximas falavam que eu estava ficando feia, que eu estava passando dos
limites. Quando na verdade estava no peso ideal para minha altura. Então tentavam
me empurrar comida a todo custo., falando que eu ia desmaiar comendo pouco, que ficaria fraca, mas minha dieta sempre foi acompanhada de nutricionista e feita
especialmente pra mim", desabafa Letícia.
Sobre as mudanças, Letícia enumera vantagens, mas destaca que o melhor de tudo é sentir-se bem-disposta: "ter pique pra correria do dia a dia sem chegar no final do dia e
estar de mau humor pelo cansaço. Minhas crises de asma diminuiram muito. Minha
pele melhorou. Meu cabelo cresce bem mais rápido". Os números impressionam: "em novembro
do ano passado, quando fui ao médico estava com 71 kg. Hoje, em julho, estou pesando 59.
Foram 12 kg". Ao olhar as fotos, Letícia comenta:"mudou
bastante, mas passou tão rápido, foi tão tranquilo que me
surpreendo com a diferença só quando vou vestir uma roupa. Aí sim eu vejo como meu corpo mudou", finaliza.
Em breve, mais uma reportagem da série!
Abraços saudáveis e bem-resolvidos,
Fernanda
Amei, Fe! Você escreve muito bem, te admiro muito!
ResponderExcluirPri! Vindo de uma blogueira profissional é um grande elogio, pra eu que sou amadora! Ainda em julho saem as próximas 2 reportagens da série. Estou aproveitando as 3 semanas sem aula da pós para escrever um pouco no blog! bjos e gracias!
ExcluirMuito Legal!!!
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