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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Se Deus quiser, um dia eu quero ser ÍNDIO. . .

Não sou escravo de ninguém
Ninguém é senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
Estes são dias desleais
(Renato Russo)


Há uma grande comoção e mobilização nas redes sociais (Facebook), sobre a situação dos índios GUARANI-KAIOWÁ.

Mas você entende e conhece o caso?
Vamos fazer uma pequena pausa no nosso curso de Filosofia para Administradores e atentar para a realidade destes nossos irmãos Brasileiros, e a atitude (ou falta de) da administração pública federal.


No mapa vemos área habitada por 170 índios da etnia guarani-kaiowá. Os indígenas ocupam parte da fazenda Cambará, no município de Iguatemi, que possui 762 hectares, a disputa entre índios e fazendeiros pela área já dura décadas. Eles foram para esta área (parte da fazenda) depois de um ataque ocorrido em 23 de agosto de 2011, quando pistoleiros armados investiram contra o grupo, ferindo crianças e idosos e destruindo o acampamento, montado à beira de uma estrada vicinal. Em setembro, foi determinada a reintegração de posse (vitória dos fazendeiros), com a retirada das famílias indígenas do local, mas eles se recusam a deixar a região e chegaram a dizer que vão "lutar até morrer". A fala dos índios chegou a ser interpretada como tentativa de suicídio coletivo, gerando a polêmica, que já comentei, nas redes sociais.

Leiam a carta que causou a grande comoção na íntegra:

No início do ano, a Justiça deu um prazo para que um grupo de índios guarani-kaiowá da Terra Indígena Laranjeira Nhanderu, em Mato Grosso do Sul, desocupasse a área, que é reivindicada pelos fazendeiros. A justificativa é que a Funai não apresentou o relatório de identificação da terra.

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da Terceira Região suspendeu  a reintegração de posse da área ocupada pelos índios na fazenda Cambará.


Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
(Renato Russo)


É importante salientar que a falta de prioridade orçamentária e política do Governo Federal para finalizar os estudos de identificação e delimitação das terras indígenas no MS agrava o problema e que a conivência do Poder Judiciário, muitas vezes curvado à pressão e aos interesses dos ruralistas no sentido de paralisar os processos, nas suas mais diversas fases. 

Um representante guarani-kaiowá disse:
"Estamos contentes, mas aguardamos com um certo receio a decisão definitiva. É preciso que haja um projeto para os indígenas."

Agora que você já conhece o caso pode formar A SUA PRÓPRIA OPINIÃO.
Dia desses li a declaração de um fazendeiro falando da "violência dos índios", fiquei pensando quem não agiria da maneira mais violenta que pudesse se tivesse um parente, uma amiga violentada por 8 pessoas (pessoas?.. enfim)? Se visse suas crianças morrendo de fome e por doenças facilmente curáveis. Se tivessem sua casa destruída... eu seria terrível... vai ver porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue indígena correndo nas veias e sangue não é água!

Saudações,

Fernanda Guarani-Kaiowá

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