Temos o hábito de julgar o patrimônio
público como algo distante, basta observar o quanto telefones, bancos de praça
e outros bens comuns são depredados como se pertencessem a alguém
que não conhecemos bem, não gostamos
nem um pouco e não merece um mínimo que seja de respeito. - É tudo nosso!!! - E
assim agimos quando vamos escolher um candidato... sem me importar com o
orçamento de uma câmara de vereadores, ou de alguma assembléia legislativa vou
propor o seguinte: você se descobre dono de uma fortuna – 10 milhões de
dólares! Mas, como clausula para desfrutar do dinheiro está a condição do
montante ser administrado por outra pessoa, que vai liberar o suficiente para
que você possa ter uma educação de qualidade, tenha um bom atendimento médico
sempre que necessário, tenha saneamento básico em sua casa e todo o conforto
necessário para uma vida digna, sem maiores dificuldades.
Quase
não percebemos, mas é esta oportunidade que nos é oferecida a cada eleição, e
por não ver que é o seu dinheiro, os impostos que eu pago, a nossa fortuna de
bilhões e mais bilhões que movimenta os governos, e que tudo isso é nosso por
direito, merecimento, deixamos de ter o devido cuidado. Necessitamos prestar
muito mais atenção a quem confiamos a administração do dinheiro arrecadado com
o intuito de nos proporcionar boas condições em todas as áreas fundamentais ao
desenvolvimento sócio-econômico de qualquer cidadão.
Isso inclui meios para sustentar-se,
através de trabalho, oportunidade de formação acadêmica. Formar profissionais
capacitados é uma maneira simples de melhorar o país. Com mão-de-obra de
qualidade temos melhores serviços prestados, e naturalmente profissionais bem
remunerados.
Extinguindo a necessidade de
“bolsa-auxílio qualquer coisa “.
Deixo portanto o desafio lançado: você tem 10 milhões, mas precisa escolher
alguém competente, certamente honesto, preocupado com as suas necessidades,
para gerir o montante.
Será que apenas a excentricidade de uma
campanha publicitária, um jargão, ou uma postura simpática são critérios
suficientes para eleger a pessoa correta para o trabalho? Pra mim não é!
Quero saber se essa pessoa, sendo
empreendedora, teve sucesso nos negócios, se como pai sustenta seus filhos, ou
se foge constantemente de mandatos de prisão por atraso na pensão alimentícia.
Vou me informar se ele trata bem o
porteiro do prédio em que mora, porque não quero alguém que se vanglorie com o
meu dinheiro. Vou olhar nos olhos dele e saber porque ele acha que merece o meu
voto de confiança. Passarei dias e noites avaliando, ouvindo a opinião de
pessoas que convivem com ele, ou ela, para fazer uma escolha consciente,
lúcida, para estar tranquila de ter feito a minha parte para tudo dar certo,
mas é claro, se perceber que errei em minha escolha, além de cobrar o
cumprimento das promessas que me foram feitas, na próxima oportunidade se eu
errar, será em um novo candidato, porque os vencedores não repetem um mesmo
erro. É melhor ousar.
Fernanda Araújo
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