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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Diagnosticando a patologia da política nacional





                  Tenho visto campanhas publicitárias, louváveis, sobre a importância da postura de cada um em relação à corrupção. Falando de quem paga propina, de quem “molha a mão”, advertindo quanto à responsabilidade do corruptor e de quem se deixa corromper. No Facebook se tornam cada vez mais numerosas publicações dizendo que se, entre os amigos virtuais, só há boas pessoas, honestas, preocupadas com o meio-ambiente e que amam os animais, como o país está desse jeito?
                 É verdade, algo não se encaixa... Se olharmos para a doença (que assola a política brasileira) em sua faz terminal: cpi, Zé Dirceu, Cachoeira, mensalão, não nos resta muito senão bradar sobre a escassez de vergonha no Planalto Central. E isso nos distrai da causa dessa doença que se encontra bem perto de nós, nas bases partidárias! Acontece deste modo:
um malandro, metido a esperto, vê na política uma fonte de recursos para si, então se cerca de capachos incapacitados que não vão lhe recriminar, nem se sobressair. Se por acaso alguém aparece com um nobre ideal, o malandro acha que é atuação e propõe para o idealista, num esquema, uma confortável colocação. O idealista, geralmente tem apenas duas opções, ou se alia ao patife ou enfrentará dentro de seu partido, uma forte oposição.
              O malandro tem seu plano, e comprando votos e prometendo o que jamais pensou em cumprir se elege vereador, enquanto o idealista é vetado da nominata, ou taxado de pouco simpático para ser legislador. Com seus votos o malandro atrai atenção e um patife deputado lhe propõe uma aliança de proteção. O deputado tem dinheiro, tem contatos, tem poder e o malandro sabe que ficando por perto tem muito o que aprender.
E o idealista, meus amigos, conquista admiração de uns poucos que acreditam que honestidade tem valor e aprende a ser ligeiro tendo em seu encalço o malandro como perseguidor. E o que fazer quando o perseguidor finge ser o perseguido? O malandro, na cara dura, acusa o idealista de ressentido. Diz que para suas denúncias ninguém deve dar ouvidos.
                 Um dia, aquele vereador, que foi teu vizinho, aquele cara simpático que distribuía dentaduras durante a campanha eleitoral se torna um... malandro federal! E no congresso, ao lado do Collor na comissão de ética estará rindo da nossa cara, julgando um “nobre colega”...
Enquanto não observarmos as disputas partidárias municipais, enquanto os partidos não renovarem sua base, olharemos perplexos uma doença sem cura, mas que pode ser evitada: canalhice política não se cura, se evita, então pense bem em quem você vai votar, porque talvez, tenha sido o malandro da nossa história quem tenha indicado os candidatos...


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